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Harley Davidson FXDR: a máquina de produzir torque

  • Foto do escritor: Mamut's Garage
    Mamut's Garage
  • 4 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

Seguindo com as inovações dosúltimos anos, no final de 2018, a Harley Davidson lançou a FXDR, um modelototalmente novo e que, mesmo dentro da “família” softail, bem que poderia ser aprimeira de uma linha completamente nova. Seu nome traz a sigla FXD,pertencente às extintas e consagradas Dynas, mas as semelhanças acabam por aí.

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A FXDR foi uma criação voltadatotalmente para performance e vem com um design muito diferenciado. Seu estilolembra uma dragster, bem alongada, com um pneu traseiro massivo (240mm)praticamente sem para-lama e sem banco de garupa de fábrica.

Para gerir e controlar toda essaperformance, vem com um motor de 114 ci (1868 cc) extremamente potente e umfiltro de ar gigantesco que você ouve perfeitamente sugando uma imensaquantidade de ar para o coração desta moto, além de um escapamento 2 pra 1,garfos invertidos e freios duplos na frente para conseguir parar toda estapotência. Também utiliza um sistema de suspensão traseira semelhante ao dasnovas softails, mas com um quadro bem diferente. Entraremos neste assunto naanálise de pista da moto.

No evento Moto do Ano, da RevistaDuas Rodas, tive a oportunidade de pilotar este monstro no Haras Tuiuti. Naprimeira impressão, pensei que teria dificuldades em realmente testar seuslimites, pois a FXDR sai de fábrica com comandos bem avançados e um guidão sempullback algum, ou seja, uma posição ideal para pilotos altos, com 1,80m oumais.

Depois de pilotar por algunsmetros, me adaptei facilmente e estava confiante em testar a moto ao extremo.Vale mencionar que, caso seja necessário, com todos os acessórios oferecidospela Harley, é possível torná-la muito mais confortável para pessoas de menorestatura.

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Apesar de mais ágil nas curvas doque eu esperava, provavelmente seu design não foi imaginado para circuitos comoo Haras Tuiuti, onde existem algumas curvas de alta velocidade, mas tambémoutras bem mais fechadas e lentas. Nas de alta velocidade, a moto não deixanada a desejar, já que proporciona uma pilotagem ágil o suficiente para nãoexigir esforço extra do piloto.

No entanto, nas situações em que otraçado é mais fechado, esta máquina de torque tende a “brigar” um pouco com opiloto. Por conta do largo pneu traseiro, há uma tendência de ela permanecer empé e deitar menos do que o desejado para essas curvas de baixa. Para contornaressa situação, a dica é utilizar a técnica do pêndulo, o que vai deixar apilotagem muito mais fácil e ágil.

O segredo é o piloto “deitar” o corpojunto com a moto, ouseja, utiliza-se mais o próprio peso para fazer a curva do que ocontra-esterço, deixando o piloto em uma posição de pilotagem muito maisadequada para estas situações. Pessoalmente, uso esta técnica em todo tipo demoto: sport, big trail, touring e, principalmente, na minha Dyna!

A exceção para o uso da técnica dopêndulo está nas manobras em baixa velocidade, em que o guidão vira no mesmosentido da curva, sem contra-esterço. Neste caso, portanto, o corpo trabalhacontrariamente à moto para compensar. Caso você não conheça estas técnicasmencionadas, com certeza vale a pena fazer um curso de pilotagem, pois sesentirá muito mais confiante em todas as diferentes situações.

Quando a moto finalmente chega emuma reta, basta torcer um pouco a manopla direita para você realmente percebertoda a potência de seu motor, o mesmo Milwaukee Eight 114 que está nas tourings2019. Com o detalhe que a FXDR tem apenas uma fração do peso delas. O quadropossui componentes de alumínio, como a balança traseira, pensando justamente emmelhorar a relação peso x potência. Fora a V-rod, ela é a Harley mais potenteque eu já pilotei. Com certeza, este canhão deve brilhar em uma pista de ¼ demilha, algo que eu adoraria testar!

No geral, ela traz uma pilotagemextremamente divertida para percursos bem variados e um pouco mais curtos.Provavelmente, quando a Harley concebeu a FXDR, não tinha em mente uma motopara longas viagens, ao contrário da maioria dos modelos de sua linha. Se vocêestiver em São Paulo, sugiro um passeio pela estrada dos Romeiros para podercomprovar minha percepção.

Os acessórios disponíveis até omomento focam em performance e estética, com alguns itens voltados ao conforto:uma pequena bolha, guidão menos avançado, risers maiores e um pequeno bancopara o garupa. Com o tempo, provavelmente novos acessórios voltados a aumentaro conforto serão desenvolvidos. Mas, sejamos honestos, esta não é a principalproposta desta máquina de geração de torque.

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Existe uma percepção que a FXDR foiconcebida pensando em atrair os apreciadores da extinta linha V-rod. Hipóteseesta que, para mim, faz muito sentido, por conta de semelhanças no estilo e dagrande potência das duas máquinas. Mas também vejo uma moto feita para elevar apercepção de potência e performance atribuídas às Harleys “convencionais” e,com isso, atrair um público que gosta do estilo esportivo/naked.

Este novo modelo também atende àsnecessidades de um público apreciador de algo diferenciado, pois, apesar de serconsiderada uma softail, é completamente diferente de todas as motos destaconsagrada “família” e, com certeza, será o centro das atenções por ondepassar! Com certa dose de criatividade, pode também ser customizada para sedestacar ainda mais! Recomendo bastante a FXDR para quem procura diversãona pilotagem, torque e um estilo fora do convencional!

Assistam ao vídeo abaixo do meu test-ride para terem uma pequena noção de como é pilotar esta máquina!

Texto e fotos: Gui Foster Siga meu insta @duasrodaspelomundo

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